"Bem-aventurado os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus"
Mateus 5.3
O caráter cristão não é um estado momentâneo de espírito em que o cristão se encontra. O caráter cristão na verdade, nada mais é do que o próprio caráter de Cristo forjado em nossa vida, em nossa essência.
Quando pensamos em Jesus Cristo de maneira alguma o imaginamos como uma pessoa orgulhosa. Nunca o imaginamos como uma pessoa soberba, até porque nas afirmativas em que encontramos algo considerado sobre Jesus, dentre outras, vemo-lo como "desprezado, e rejeitado dos homens; homem de dores, e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado..." ainda que "foi oprimido e afligido, mas não abriu a boca; como um cordeiro que é levado ao matadouro, e como a ovelha que é muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a boca."
Podemos até imaginar, com nossa mentalidade moderna: Ele era um bobo! Ele deveria reagir! Ele não deveria deixar que fizessem isto com ele!
Talvez se estivéssemos lá nós seríamos os primeiros a gritar: REAGE JESUS, REAGE! Contudo "ele não abriu a boca."
Talvez eu diria que ser humilde de espírito seja ser tapete, ao invés de jarro. O jarro fica em destaque. O tapete é para ser pisado. Mas quem quer ser pisado? A desvantagem de ser jarro é que a probabilidade de cair e quebrar é muito grande, enquanto isto o tapete já está no chão. Dali ele não passa.
Quando Paulo foi descrever a atitude de Cristo ter se tornado homem, ele disse que primeiramente Jesus se esvaziou para se tornar homem e achado na forma de homem foi humilhou-se sendo obediente. Esta obediência de Jesus o levou até à morte, mas não foi uma morte qualquer. Ela o levou à uma morte de cruz. Tudo isto que Jesus passou foi resultado de um sentimento que ele possuía. Ele enfrentou tudo isto por conta deste sentimento e Paulo nos diz: "Tende em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus"
Não consigo desvincular humildade de humilhação. Não humilhação diante dos homens, mas de uma humilhação diante de Deus.
(Fonte: Meditações Roosevelt Arantes da Silva)
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