quarta-feira, 11 de maio de 2011

SOU UM JUIZ POR NATUREZA


Na pia da conzinha estou lavando um pacote de açúcar e dois pacotes de milharina. Um colega meu passa e pensa: Como Roosevelt tem atitudes esquisitas! Quem já viu lavar pacotes de alimentos!?
Este meu amigo não sabia que não tenho este costume, não sabe que fiz isto apenas porque um outro produto que havia comprado havia estourado dentro da mesma sacola em que estavam estes produtos acima citados, sujando-os.
Jesus nos ensinou um princípio cristão: "Não julgueis, para que não sejais julgados" (Mateus 7.1). O problema é que temos o costume de fazer julgamentos em tudo e em todos.
Uma saída para esta atitude tão normal para o ser humano é: uma vez que realizarmos todo e qualquer julgamento em primeiro lugar colocá-lo em xeque, ou seja é importante termos ciência de que nossa leitura de qualquer realidade pode estar equivocada.
Em segundo lugar podemos checar, ou seja, devemos chegar até à pessoa ou ao fato e tentarmos entendê-lo melhor. Não custa nada perguntarmos a alguém: "eu tive esta impressão sobre isto, faz sentido?", ou mesmo "eu entendi isto daquilo que você me falou, era isso que você queria mesmo me dizer?".
Reconhecer que fazemos julgamentos é reconhecer nossa humanidade. Checar nossos julgamentos e não discriminar as pessoas por nossa ótica, é ser cristão.

Rio de Janeiro, 11 de maio de 2011
Roosevelt Arantes

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