sábado, 31 de julho de 2010

Sou eu filho de Abraão?


06 de Maio

“também este é filho de Abraão”

(Lucas 19.9b)

Certo dia estava, juntamente com minha mãe, em uma loja de roupas e em meio a tantos modelos de bermudas que ali se encontravam eu peguei uma e imediatamente ouvi minha mãe dizer: “como você parece com seu pai ... até o estilo de roupa que você escolhe é igual”. O detalhe desde fato é que eu só vivi com meu pai até os quatro anos, depois disso tudo que tive foram encontros esporádicos com ele. Não me lembro das roupas que ele se vestia, mas ao escolher uma bermuda algo dentro de mim comprovava que eu era seu filho.

A Zaqueu Jesus disse: “também este é filho de Abraão”. Sem sombra de dúvida Zaqueu nunca se encontrou com Abraão, afinal ambos viveram em épocas totalmente diferentes, no entanto uma atitude de Zaqueu fez com que Jesus reconhecesse a paternidade de Abraão em sua vida.

Zaqueu procurou ver o Senhor, isso não fez com que Jesus pronunciasse esta afirmação. Ele recebeu Jesus em sua casa, mas isto também não foi suficiente par Jesus o reconhecesse como filho de Abraão. No momento que Zaqueu se levanta e diz: “Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais”, só então Jesus afirma que também este é filho de Abraão.

A Primeira atitude que Zaqueu fez foi reconhecer quem era Jesus, não em palavras apenas, mas principalmente em atitudes. “SENHOR...”. Zaqueu deixou de ser o chefe. Deixou de ser “o maioral dos publicanos” (v.2), não para os outros, mas para si mesmo e principalmente para Deus. Abraão também possuía um status elevado ante a sociedade de sua época, todavia, assim como Zaqueu Abraão reconheceu que o Senhor era o Senhor de sua vida (Gênesis 12.8). E isso fez com que Jesus reconhecesse sua filiação.

Zaqueu reconheceu que o que ele tinha não era o mais importante ao resolver dar metade dos seus bens. Esta atitude de dividir o que tinha, não se importando mais com o valor daquilo que possuía por saber que agora o que ele tinha de mais valor era o próprio Jesus, firmava sua filiação a abraâmica, pois foi desta mesma forma que Abraão agiu com seu sobrinho. Não só dividindo o que tinha (Gênesis 13.9), como deixando a escolha do melhor lugar para Ló. Zaqueu estava disposto a dar tudo o que tinha se necessário, assim como Abraão estava disposto a entregar no monte Sinai aquilo que ele tinha por maior valor, o seu filho (Gênesis 22.1-3).

Zaqueu reconheceu seu pecado de ter usurpado dos outros ao longo da sua vida de trabalho, porém não só reconheceu, mas confessou e se pôs disposto a restituir quatro vezes mais a quem tivesse defraudado. Abraão reconheceu o erro da idolatria que deixou sua cidade, seu povo para seguir exclusivamente o Deus Vivo e verdadeiro.

Zaqueu teve fé suficiente para abandonar tudo o que era mais importante. Abraão teve tanta fé que dela foi considerado pai.

Sou eu filho de Abraão? Tenho seus traços e suas atitudes? Tenho tido a fé de Abraão a ponto de largar tudo o que nesta terra, para mim, é mais importante?

Sou eu filho de Deus...?

(Fonte: Meditações de Roosevelt Arantes)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Lições do Getsêmani (5): agenda para Jesus


03 de Dezembro

“Ficai aqui e vigiai comigo”.

(Mateus 26.38b)

Jesus estava entrando em um dos momentos mais críticos de sua vida aqui na terra. Ele prestes a transparecer sua fragilidade e todo seu sofrimento. Para este momento Jesus convida três discípulos mais próximos, e para eles Jesus disse algo diferente do que disse aos outros oito discípulos. Aos três, ele não mandou sentar, ele os convidou a ficar, permanecer com Ele.

Aqueles com quem Jesus pode contar é aqueles para quem Jesus pode dizer “ficai aqui”.

Nos dias de hoje podemos considerar cada vez mais difícil alguém de nosso Ocidente está disposto a ficar, permanecer por um bom tempo com Jesus. Vivemos um corre-corre tão intenso que na verdade nosso tempo com Cristo se resume às orações feitas antes das refeições.

Jesus pode contar com aquelas pessoas que estão dispostas e disponíveis a “gastar” tempo com ele. A grande verdade é que adoração não é apenas cantar ou se reunir na igreja, adoração é ficar com Jesus, é gastar tempo com ele, é permanecer nele, por isso a frase mais usada por ele em João 15 foi permanecer. É preciso permanecer em Cristo.

Jesus nos convida a permanecer nele, a ficar com ele. Isto é relacionamento, isto é adoração. Quanto tempo você tem estado em comunhão com Cristo durante seu dia? Será que dá para incluí-lo em sua agenda diária? Jesus pode te convidar para ficar com Ele, ou sua agenda está lotada?

(Fonte: Meditações de Roosevelt Arantes)

03/12/2009