sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Presença ignorada


“Despertado Jacó do seu sono, disse: Na verdade, o SENHOR está neste lugar, e eu não o sabia.”
(Gênesis 28.16)

Certa vez eu estiva dirigindo um culto dominical de uma certa congregação quando fui surpreendido pela entrada de um indivíduo embriagado no templo para participar do culto. Mesmo estando embriagado ele veio com a intensão de cultuar.
Momentos antes este cidadão passara em frente a esta congregação e por tomar ciência de que logo mais haveria um culto retornou com a Bíblia na mão.
Durante o período em que estava dirigindo este cidadão falava abertamente: “Deus está aqui”, “o Pai está aqui”. Automaticamente os irmão começaram a se incomodar e começaram a fazer gesto e sinais pedindo-lhe que se comportasse. Como se não bastasse ele continuava dizendo “o Pai está aqui”.
Naquela noite eu estava escalado no boletim para pregar, mas ninguém havia me avido disto. Mesmo assim eu estava com uma mensagem no meu coração. Contudo o dirigente daquela congregação, que não pode está presente, havia convidado outra pessoa. Deste modo eu abri mão da oportunidade de pregar para este irmão convidado.
Como ninguém conseguiu fazer com que aquele homem embriagado se “comportasse”, deixei a direção do culto e fui sentar ao seu lado.
Além de constantemente declarar “o Pai está aqui” este homem estava muito disposto lendo a Bíblia e cantando todos os hinos.
Após uma das músicas entoada pelo coral nosso visitante, um tanto “indesejado”, bateu pasmas como forma espontânea de glorificar a Deus, pois batendo palmas ele dizia “Lindo! O pai está aqui”. No entanto ao fazer isso ele foi advertido por alguém que não podia fazê-lo. Sem entender ele perguntou “eu não posso aplaudir o meu Pai” se referindo a Deus. Em sua mente estava um conflito da falta de liberdade que ele encontrou para glorificar a Deus da forma que ele normalmente faria se quisesse enaltecer uma pessoa qualquer.
Minha reflexão não gira em torno da forma correta ou errada de glorificarmos a Deus. Na verdade gira em torno da reação que tomamos por conta da presença daquele homem. O pregador da noite proclamou-nos uma mensagem em que ele chamava nossa atenção À nossa necessidade de imitarmos a Cristo. E apresentou uma situação ocorrida com ele em que esteve num restaurante em que via constantemente uma mendiga olhando pela vitrine todas aquelas comidas sem contudo poder se alimentar de um pão sequer.
Percebi que ao mesmo tempo em que estávamos sendo desafiados a olhar para os oprimidos, estávamos ignorando um ao nosso lado. Mais do que ignorando-o ainda estávamos refutando-o.
A mensagem que eu iria pregar tinha como título “A Presença Ignorada de Deus”. Naquela noite eu não a preguei, mas a mensagem me foi pregada por aquele homem, pois tão debilitado como ele estava não cansou de perceber e afirmar “o Pai está aqui”. Aí eu me perguntei quantos perceberem como aquele homem a presença de Deus.
Muitas vezes estamos na casa de Deus, como disse Jacó, e também não percebemos a presença de Deus.


(Fonte: Meditações de Roosevelt Arantes)
05/10/2009

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A CRUCIFICAÇÃO x NOSSAS PROVAÇÕES

Autor: Vítor Reis Thomaz

Seja você cristão ou não cristão, hoje nossas vidas tem como principal marco a morte do filho de Deus, Jesus Cristo. Até mesmo a contagem dos dias se movem em torno da vida Dele. Deus Pai fez com que seu filho Jesus viesse como homem na terra e fosse crucificado para que fossemos limpos de nossos pecados.

Em nossas vidas nunca sentimos as mesmas coisas todos os dias. Nem sempre estamos alegres, nem sempre estamos tristes. Assim também era Jesus em sua vida, cada hora vivia situações e sensações diferentes pois era homem.

Gostaria de destacar pequenas situações na vida Dele onde acredito que possamos identificar bastante com nosso dia a dia, principalmente nos momentos que nossos sofrimentos parecem ser injustos e não aparentam ter fim.

- Jesus na Cruz. O último suspiro, a última oração:

Mateus 27.46

“E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli Eli lama sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”

Jesus, instante antes de morrer na cruz, onde talvez tenha sido o lugar mais doloroso que esteve durante toda sua vida, clamou a Deus perguntando por que havia o deixado naquela hora.

Quem nunca passou por um momento tão difícil que por certo instante pensou que Deus o havia deixado?! Ou então pode até mesmo estar passando por alguma situação onde parece que não tem fim. Quem nunca se sentiu injustiçado por alguma situação que tenha vivido?

Assim foi com Jesus, mesmo não tendo pecado algum, passou por humilhações e mesmo sem ter merecido teve morte de cruz. Mas viveu tudo isso por um motivo, um propósito que mesmo Ele sabendo qual era, em seu maior momento de angústia, achou que Deus havia o deixado.

Se reconhecermos Jesus como nosso único Salvador, precisamos saber que não deixaremos de passar por situações difíceis, e de repente algumas vezes poderemos achar até mesmo que estamos desamparados, mas se mantivermos nossa fé voltada para Cristo, seremos sempre mais do que vencedores. “Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa” - João 15.20

Jesus compara nossa tristeza como à dor de uma mulher quando está para dar à luz, Ele diz que ela sente tristeza porque chega a hora e é certo que vai sentir dor, mas depois de ter dado à luz a criança, já não se lembraria mais da aflição, pois a alegria é muito maior do que qualquer lembrança - João 16.21,22

Em meio essas dificuldades Jesus nos faz um convite. Ele diz: Vinde a mim todos vós que estão cansados que eu os aliviarei (Mateus 11.28-30). Se quisermos refúgio em nossas lutas diárias, se quisermos entender/vencer o propósito de nossas tribulações, precisamos depositar nossa fé somente Nele para que então venhamos experimentar como é bom ter verdadeira paz em nossos corações.

O propósito de Jesus na cruz todos nós sabemos, ele morreu ali para que fossemos libertos de nossos pecados. Mas depois de morrer ressuscitou e hoje quer estar com você diante dos problemas e também diante das alegrias. Quer ser o verdadeiro propósito da sua vida, seu refúgio pois ama você, e mesmo que por algum momento você tenha pensado que ele desistiu ou te abandonou, saiba que hoje Ele está batendo a porta, basta você deixar Ele entrar.

“Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” - João 16.33.

Amém

Rio de Janeiro, 09 de novembro de 2009